Julho/2022

Elvis Rodrigues
5 min readAug 6, 2022

O ruim da semana começar na segunda é que eu normalmente só tenho tempo de escrever esses posts nos finais de semana, então já é 6 de agosto e agora que estou escrevendo sobre julho. Mas acontece. Pelo menos as coisas estão se ajeitando, meu apartamento está começando a parecer um lar, voltei a caminhar essa semana e em breve volto a estudar. Vai fazer um ano que minha vida está se revirando pra lá e pra cá, mas parece que finalmente a calmaria chega.

Em julho assisti a sete filmes, sendo quatro desses longas do James Bond, entre eles meu favorito até então, A Serviço Secreto de Sua Majestade, o único protagonizado pelo George Lazenby; o que menos gostei, Os Diamantes São Eternos; e a paródia Cassino Royale, a versão dos anos 60, que também é fraquinha. E três longas de ícones: Elvis, sobre aquele que inspirou meu nome; Spielberg, documentário sobre o diretor; e Minha Mãe É uma Sereia, que é uma ficção mas bem que poderia ser uma biografia da Cher, hahaha (e traz uma Christina Ricci pré-Família Addams). Seguem os reviews no Letterboxd:

Cartaz do filme Minha Mãe é uma Sereia, com um fundo azul e os personagens da Winona Ryder, da Christina Ricci, da Cher e do Bob Hoskins em uma banheira.

Ao contrário do mês passado, em julho eu li bem pouco. Basicamente a novela Lágrimas de Carne, da Fernanda Castro, que conquista pelo regionalismo e pela originalidade; e Belas Maldições, obra do Neil Gaiman e do Terry Pratchett cuja adaptação maravilhosa eu já tinha visto e o livro é igualmente divertido. Reviews no Goodreads:

Apesar de pouca Literatura, teve quadrinhos: finalmente li os cinco primeiros volumes encadernados de Saga, a space opera do Brian K. Vaughan e da Fiona Staples. Na verdade, o primeiro foi uma releitura, mas os demais eu não conhecia ainda. É uma história divertida, com muitas reviravoltas e personagens bem construídos. São nove volumes até agora, quero logo ler os restantes.

Os dois protagonistas de Saga: Alana, uma mulher de pele morena com asas meio de mariposa carregando um bebê; e Marko, um cara branco de chifres meio de carneiro.

Vi 21 episódios de séries:

  • Os dois episódios finais da quarta temporada de Stranger Things: foi bem legal o final apocalíptico da temporada, que talvez tenha sido a minha favorita da série. Ainda falta afinar melhor alguns núcleos para ser excelente, mas o pessoal que fica em Hawkes é perfeito;
  • Os dois episódios finais da terceira temporada de The Boys: a sensação de que foi legal e divertido, mas poderia ter ousado mais. Foi um final de quem não tem pressa de acabar a série;
  • Os três episódios finais de Ms. Marvel: gostei particularmente do trecho sobre a história do Paquistão. Teve algumas boas cenas de ação, a atriz Iman Vellani é ótima, mas também teve umas coisas desnecessárias, especialmente no último episódio. A cena pós-créditos deixou um gostinho legal;
  • Nove episódios da segunda temporada de Star Trek — Voyager: diferente do que aconteceu nas demais séries até então, eu gostei de vários personagens de Voyager logo de cara. Porém, isso não significa que as tramas sejam boas. Até agora a segunda temporada está irregular, algumas mais desnecessárias e repetitivas, outras realmente bacanas. Vamos continuar acompanhando;
  • Cinco episódios da quarta temporada de Westworld: essa sim me surpreendeu demais. Começou interessante, mas nada extraordinário, e de repente uma virada gigante e agora estou gostando bastante. Espero que a temporada se encerra bem.
Pôster da quarta temporada de Stranger Things, com um olhar monstruoso no fundo, bichos alados parecendo morcegos na lateral e uma casa assustadora em baixo. Todos os personagens relevantes rodeiam o cartaz.

Foram 105 episódios de podcast ouvidos em julho, somando 7.794 minutos, assim distribuídos: 5 The Skeptics’ Guide to the Universe, 4 Viva Sci-Fi, 13 Flash Forward, 3 Hidden Brain, 2 Tortinha de Climão, 4 Cinemático, 1 Imaginary Worlds, 5 Foro de Teresina, 1 Estação 21, 1 Pavio Curto, 4 Naruhodo, 3 Our Fake History, 4 Pistolando, 4 Conversas Paralelas, 2 Cinematório Café, 3 All About Agatha, 5 Xadrez Verbal, 2 Os 12 Trabalhos do Escritor, 1 Curta Ficção, 3 Lado B Notícias, 1 X-Ray Vision, 2 Eis a Questão, 2 Viracasacas, 2 Feito por Elas, 1 SciCast, 2 30:MIN, 1 Dragões de Garagem, 2 Pindorama, 5 Intervalo de Confiança, 1 The Community Library, 3 Projeto Humanos, 7 Dickinson Forevermore, 3 A Mulher da Casa Abandonada, 2 Raízes e 1 Politiquês. Meus destaques:

  • Viracasacas 282 — “REBOTE” — com Elisa Cruz: uma discussão sobre o fim do direito constitucional ao aborto nos EUA e os impactos pelo mundo;
  • Cinematório Café — Entre risos e lágrimas no multiverso de “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”: um bate-papo por esse filme tão inspirado;
  • Pistolando 160 — BMF: eu raramente coloco os episódios pares do Pistolando aqui porque os de entrevistas são mais interessantes para quem nunca ouviu. Mas o BMF é divertido demais, são notícias Boas, Más e Feias (esquisitas, divertidas);
  • Curta Ficção 126 — Como usar tecnologia e IA na minha história?: por ser da área de TI, ouvir três egressos do mesmo campo que também são escritores me incentiva demais;
  • Raízes 1 — Tudo começou em uma árvore: este novo podcast conta a história da família do host recifense Caio, e é sempre maravilhoso ver histórias de fora do Sudeste, ainda mais quando numa produção tão bem realizada e uma história dolorosa tal qual essa;
  • Politiquês — Fora da ordem: um mundo abalado e um país eufórico: uma minissérie sobre a crise iniciada em 2008 e como isso desencadeou o mundo em que vivemos 14 anos depois;
  • Flash Forward — POWER: 1919 (Episode 100!): eu adoro o Flash Forward e esse especial vai pro passado em vez do futuro, contar uma história de racismo.

Que este agosto não seja de desgosto. Abraços!

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