Fevereiro/2022

Olá a todos! Fevereiro passou, eu fiz 39 anos e continuamos lidando com uma pandemia e agora com um aumento na instabilidade política do mundo. Mas cabe a nós viver um dia após o outro, não é? Então graças a uma semana de férias no início do mês, ao carnaval e à proximidade do Oscar, esse foi um mês bem produtivo em termos de filmes, embora não tanto nos demais quesitos.

Assisti a nove filmes no mês, entre os quais o longa de Cowboy Bebop e uma revisita à Entrevista com o Vampiro depois de uns 20 anos, e uma safra de Oscarizados, como o fraco Apresentando os Ricardos, os razoáveis Tick Tick Boom, King Richard, Belfast e Beco do Pesadelo e os ótimos Spencer e Mães Paralelas. Reviews no Letterboxd:

• Cowboy Bebop: O Filme, 3,5 estrelas
• Apresentando os Ricardos, 2,5 estrelas
• tick, tick… BOOM!, 3 estrelas
• King Richard: Criando Campeãs, 3,5 estrelas
• Belfast, 3,5 estrelas
• Spencer, 4 estrelas
• Entrevista com o Vampiro, 3,5 estrelas
• Beco do Pesadelo, 3 estrelas
• Mães Paralelas, 4 estrelas

Li dois livros em fevereiro: o ótimo e surpreendente Senciente Nível 5, da Carol Chiovatto, e uma releitura de Entrevista com o Vampiro, clássico da Anne Rice que eu não relia desde 2005. Reviews no Goodreads:

• Senciente Nível 5, de Carol Chiovatto, 4 estrelas
• Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice, com tradução de Clarice Lispector, 4 estrelas

Em vez do livro, trouxe Anne Rice, que nos deixou em dezembro

O quadrinho lido no mês foi nada menos que a One Piece 100, um marco na história dos mangás e principalmente na história da publicação dos mangás no Brasil porque justamente neste mês se completam 20 anos que a Conrad lançou o One Piece Nº 1, que era meio volume original, mas que eu estava lá comprando. É meio emocionante porque eu comprei Marvel por cerca de 20 anos, entre 1992 e 2012, mas agora já são 20 de One Piece, porém teve um hiato no meio, entre o fim da Conrad e o início na Panini. Me arrependo de não ter recomprado nas edições novas, agora teria tudo bonitinho. Mas tenho 70 volumes da Conrad, que correspondem aos 35 primeiros no formato original, e do 36 ao 100 da Panini. Mas voltando ao centésimo, a atual batalha é a maior de todas e parece perto do final. O que pode ter depois disso? Só penso que o Oda vai resolver as pontas abertas, tipo Shanks e Mihawk, e encerrar. Claro que isso pode levar mais 20 volumes ainda, mas cada vez mais acho que a próxima grande saga será a última.

Assisti em fevereiro a 30 episódios de séries:

• Os dois últimos de Cowboy Bebop: os dois finais dão um bom encerramento para a história de Spike. Mas fiquei decepcionado que o filme não se passa depois da série e sim no meio. Em vez de série live action deveriam ter feito um novo filme do anime, porque eu queria ter mais de Ed, Ein, Faye, Spike e Jet. Com pequenas ressalvas para a hiperssexualização de Faye, este é um anime praticamente impecável;
• Um da segunda temporada de Dawson’s Creek: foi apenas um, mas um dos mais famosos episódios da série, onde Jack lê um poema sobre sua sexualidade. Na primeira vez que assisti eu não sabia o que isso significava, então nessa revisita a impressão foi outra, muito mais relevante;
• Os dois últimos da primeira temporada de Star Trek: Voyager: Voyager me impressionou mais no início da temporada que na segunda metade, mas continuo gostando, e certamente foi o elenco que me conquistou mais rapidamente;
• Os dois episódios finais de O Livro de Boba Fett: os três últimos de Boba Fett fazem valer a pena a série, mas continuo com a impressão de que toda a sua história poderia ter sido contada em alguns episódios da terceira temporada de The Mandalorian. Boba chato demais;
• Três episódios da primeira temporada de Foundation: estou vagarosamente avançando nessa série. Eu não sei explicar muito bem se estou gostando ou não. Tem muitos elementos ótimos, especialmente a produção de arte, que é absolutamente impressionante. Naves, figurinos, os mais incríveis cenários, tudo no mais altíssimo nível. Mas não gosto muito da estrutura do roteiro, da divisão das histórias que queriam contar na temporada;
• Os oito episódios da segunda temporada de The Witcher: é meio farofa, mas uma farofa divertida. Diminuíram bastante as cenas de sexo e de nudez, mas a série continua 18+ por causa da violência. Eu gostei das ideias para a trama e de como os personagens se movimentam no tabuleiro, mas não sei se o ritmo foi o melhor. Ainda assim, a deixa no final para a terceira temporada foi ótima e eu me importo com os três personagens principais;
• Os seis primeiros episódios de Pam & Tommy: aqui sim uma obra camp bem-feita. A história do vazamento da sex tape da Pamela Anderson e do Tommy Lee é narrada nessa minissérie de oito episódios com uma produção que impressiona pela maquiagem. A transformação da Lily James na Pamela é um dos melhores trabalhos dos últimos anos em Hollywood, sem deixar transparecer que tem um excesso de coisas ali, é muito natural e eficaz. E James está muito bem ao emular a voz e o jeito de Anderson e, particularmente, a forma como ela reage ao vazamento. Mas o Sebastian Stan também merece ser lembrado, pois o Tommy Lee que ele criou é extremamente divertido, eu assisto rindo das caras e bocas ridículas dele, hahaha;
• Os seis primeiros episódios de Devs: fazia um tempo que essa minissérie estava na minha lista e finalmente estou conferindo. O primeiro episódio explodiu a minha cabeça mas depois o ritmo se estabiliza. Estou curiosíssimo para saber como vai acabar.

Neste mês ouvi 104 episódios de podcasts, totalizando 7.457 minutos, assim distribuídos: 1 Incêndio na Escrivaninha, 4 The Skeptics’ Guide to the Universe, 3 Flash Forward, 2 Hidden Brain, 2 Tortinha de Climão, 2 Cinemático, 1 Imaginary Worlds, 4 Foro de Teresina, 2 Estação 21, 29 Pavio Curto, 4 Naruhodo, 2 Our Fake History, 1 Pistolando, 3 Conversas Paralelas, 3 Cinematório Café, 1 All About Agatha, 2 Bobagens Imperdíveis, 3 Xadrez Verbal e 1 Xadrez Verbal Especial Coronavírus, 2 AntiCast, 2 Os 12 Trabalhos do Escritor, 2 Braincast, 1 Curta Ficção, 4 Lado B Notícias, 2 X-Ray Vision, 2 Caixa de Histórias, 1 Eis a Questão, 2 Literatura Viral, 1 Viracasacas, 1 Lado B do Rio, 1 CineSet, 2 Viajany, 1 Biscoiteiras, 1 Feito por Elas, 1 Não Inviabilize, 2 SciCast, 1 30:MIN, 2 Fora de Prumo, 1 MIDCast Política, 1 Não Pode Tocar e 1 Dragões de Garagem. Os destaques foram:

• Cinematório Café — “Ataque dos Cães” e o mito da virilidade: a discussão mais completa sobre Ataque dos Cães, meu filme favorito de 2021;
• Curta Ficção 120 — Há racismo na obra de Tolkien?, com Wilson Júnior e Thyago Costa: um excelente debate sobre como enxergar Tolkien nos dias atuais;
• Feito por Elas 159 — Matrix Resurrections: progressismo e metalinguagem nessa conversa sobre o quarto filme de Matrix;
• Pavio Curto 68 — Principais erros do autor iniciante — parte 1: dicas para quem está começando na escrita;
• Não Pode Tocar S04E20 — Podcast como campo de disputa: o host e vários convidados dão seus depoimentos sobre o podcast como uma plataforma e a adesão ao Spotify e à Orelo e o que isso pode significar para o mercado;
• Dragões de Garagem 234 — IPCC: o professor Paulo Artaxo, membro do IPCC, explica em detalhes o funcionamento dessa instituição que está consistentemente produzindo relatórios sobre as mudanças climáticas;
• Os 12 Trabalhos do Escritor S07E03 — Você PRECISA aprender sobre voz narrativa, com Iana Araújo: o AJ Oliveira bate um papo com Iana Araújo sobre as possíveis vozes e tipos de narrador;
• Xadrez Verbal 283 — Rússia invade a Ucrânia: a cobertura mais completa da mídia brasileira sobre a guerra na Ucrânia;
• Fora de Prumo 26 — A Cidade e A Cidade: uma discussão sobre as camadas do livro do China Miéville.