Dezembro/2022

Elvis Rodrigues
5 min readJan 3, 2023

Pois é, o ano acabou. Mais um. Estou agora a praticamente um mês de completar 40 anos. Ainda não sei o que fazer com isso. Mas sei que uma das mudanças será o fim desse espaço. Quer dizer, ele vai continuar aqui. Mas eu não pretendo mais postar nada. O formato é cansativo, poucas pessoas gostam e eu também já estava com vontade de fazer uma newsletter. Então muito em breve virei aqui postar o link para quem quiser se inscrever na minha newsletter, que se chamará Na Toca do Lobo e pretende ser quinzenal. Vamos ver se vou gostar desse mundo, mas estou animado!

Assisti a nove filmes em dezembro, entre os quais três 007 (o meia-boca apócrifo do Sean Connery Nunca Mais Outra Vez e os dois do Timothy Dalton, Marcado para a Morte e Permissão para Matar), três no cinema (o excelente Aftersun, o ótimo Avatar 2 e o bom Ela Disse), a revisita longamente Adiada de Avatar (que eu amei muito mais do que esperava), a animação sombria Wendell & Wild e Glass Onion. Reviews no Letterboxd:

Ao fundo o mar e sol, mais no meio a areia da praia movimentada e numa murada mais próxima e bem acima os protagonistas interpretados pelos atores Paul Mescal e Frankie Corio, ambos de óculos escuros e posando alegremente.

Li dois livros no mês, os dois últimos das Crônicas Vampirescas da Anne Rice, Os Reinos de Atlântida e Comunhão de Sangue. São bem diferentes um do outro, mas gostei de ambos principalmente porque me passaram uma sensação de fechamento que eu estava precisando. O último inclusive me deixou apreensivo como desde A Rainha dos Condenados eu não ficava. Não são grandes obras, mas a minha carência pelos vampiros da Anne Rice foi o bastante para me fazer apreciar. Reviews no Goodreads:

No que diz respeito a quadrinhos, em dezembro eu li duas graphic novels: Angola Janga, de Marcelo D’Salete é um documento histórico, e dos mais relevantes, contando parte da história do Quilombo dos Palmares através de uma estrutura narrativa relativamente complexa e que jamais subestima a capacidade do leitor, como nos flashbacks que quase não trazem indicações e nos forçam a ler com bastante atenção. E a outra foi a coletânea Fragmentos do Horror, do mangaká Junji Ito. Eu nunca havia lido nada do Ito e gostei dessa série. Claro que algumas histórias são melhores que outras, mas o saldo é positivo.

Capa de Angola Janga, com o nome ao centro em fonte branca, no fundo floresta e uma cerca. Algumas lanças saem da floresta.

Vi 25 episódios de séries:

  • O último da primeira temporada de Periféricos: achei irregular essa primeira temporada. Ideias muito interessantes, bom elenco, bons personagens, mas parece que faltou um pouco de acabamento nos roteiros. No final eu já estava com um pouco de preguiça;
  • Os oito episódios da primeira temporada de Wednesday: já Wandinha/Wednesday foi muito divertida. Eu totalmente comprei a versão teen da Jenna Ortega para a personagem que marcou a carreira da minha atriz favorita, a Christina Ricci. Ricci por sinal faz uma personagem muito boa. Adorei a personagem da Emma Myers também. A cena da dança no baile é absolutamente antológica. Enfim, estou animado pra segunda temporada;
  • Os oito episódios da primeira temporada da recém-cancelada 1899: eu comecei essa série pra ver qual era a dela e fui achando chato. Porém, estava na reta final do ano, eu preferiria não começar temporadas novas de outra série então insisti até o final. Mas apesar de ter alguma coisa criativa no mistério, a série tem os personagens mais enfadonhos e a maior prova disso é que no final eu pouco me importava quem morria e quem sobrava. A questão dos idiomas é super mal desenvolvida também;
  • Os oito episódios da terceira e última temporada de His Dark Materials: agora sim, estamos falando de assunto sério. Essa temporada foi espetacular! Do quarto episódio em diante foi só tiro, porrada e bomba. Chorei em vários episódios e fiquei querendo finalmente reler a trilogia Fronteiras do Universo. Talvez um dia.
Pôster da terceira temporada de His Dark Materials, com um horizonte ensolarado ao fundo, naves no céu distante e os personagens em distâncias diferentes, com Lyra e a Sra. Coulter com mais destaque, Lorde Asriel e Will depois.

Ouvi 102 episódios de podcast, somando 7.572 minutos, assim distribuídos: 5 The Skeptics’ Guide to the Universe, 1 Viva Sci-Fi, 7 Flash Forward, 1 Tortinha de Climão, 4 Cinemático, 2 Imaginary Worlds, 5 Foro de Teresina, 1 Pavio Curto, 5 Naruhodo, 3 Our Fake History, 2 Pistolando, 1 Conversas Paralelas, 4 All About Agatha, 1 Confins do Universo, 2 Xadrez Verbal, 1 Xadrez Verbal Especial Coronavírus, 2 Os 12 Trabalhos do Escritor, 3 Curta Ficção, 1 X-Ray Vision, 2 Eis a Questão, 1 Feito por Elas, 4 SciCast, 4 30:MIN, 1 Não Pod Tocar, 2 Dragões de Garagem, 5 Intervalo de Confiança, 7 Projeto Humanos, 1 Sábado sem Legenda, 1 Cinematório Impressão Crítica, 1 Dickinson Forevermore, 3 The Official Game of Thrones Podcast: House of the Dragon, 2 Frequências Abertas, 4 37 Graus, 1 Brasil Partido, 3 Pico dos Marins, 6 Rádio Novelo Apresenta, 2 Lúgubres e 1 Lado Black. Os destaques foram:

  • Projeto Humanos S05E21 — O Advogado: essa fase atual da história dos emasculados de Altamira está excepcional. Desde o início do julgamento, com destaque para esta entrevista com um dos criminalistas mais badalados e controversos do país;
  • Pavio Curto 78 — O fim do Pavio Curto (será?) e Curta Ficção 134 — O fim do Curta Ficção (é sério): infelizmente o Curta Ficção e seu spin-off Pavio Curto acabaram no final do ano, por questões de tempo e dinheiro dos envolvidos. Então estes episódios finais foram uma despedida melancólica;
  • Cinemático 345 — Aftersun: uma discussão sobre um dos melhores filmes do ano;
  • Os 12 Trabalhos do Escritor S07E15 — Os vencedores do Jabuti (Romance de entretenimento): uma entrevista com o Lucas Mota e o André Caniato, respectivamente escritor e editor de Olhos de Pixel, que ganhou o Jabuti de romance de entretenimento;
  • Feito por Elas 180 — Troféu Alice Melhores do Ano: a premiação dos melhores trabalhos dirigidos e estrelados por mulheres em 2022;
  • Rádio Novelo Apresenta 6 — Avis Rara: a história de como a Perdigão desenvolveu a ave Chester;

Em breve o post com os melhores de 2022!

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