Agosto/2022

Elvis Rodrigues
5 min readSep 4, 2022

E o ano vai andando. Agosto foi um mês de reorganização para mim. Voltei a correr, voltei a estudar, fui aos poucos organizando meu novo lar… E fiz planos, viagens, férias, ideias, vamos ver o que os próximos meses trarão.

Durante o mês vi mais dois filmes de James Bond, Com 007 Viva e Deixe Morrer e 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro, os dois primeiros trabalhos de Roger Moore vestindo o manto do agente secreto britânico. O primeiro é fraco, o segundo um pouco melhor, principalmente graças à presença sempre potente de Christopher Lee como vilão.

Também finalmente vi Encantada. Sim, o longa da Disney com a Amy Adams fazendo uma princesa que vem parar no nosso mundo e tem que lidar com uma época em que o Patrick Dempsey era galã. Que tempos!

Em termos de lançamentos, vi o longo e excelente RRR, uma aula de como o cinema não precisa ser econômico e pode funcionar muito bem no exagero; e Marte Um, ótimo longa brasileiro que pode representar o país no Oscar. Reviews no Letterboxd:

Cartaz horizontal de RRR, com as letras garrafais na parte de baixo e em cima os dois protagonistas pendurados apertando as mãos, um de branco e segurando uma bandeira e o outro pendurado numa corda e em tons de marrom.

Infelizmente, mais um mês lendo apenas um livro, nesse caso Os Supridores, do José Falero. Comecei finalmente Os Despossuídos, da Ursula Le Guin, mas já na reta final de agosto, então ainda não acabei. Conforme o Goodreads:

Capa do livro Os Supridores, com carrinhos de supermercado meio abandonados na frente de um muro.

Mas teve mais quadrinhos! Li o volume 102 de One Piece, cada vez mais próximo do final deste arco complexo e detalhado. Eu desconfio que o final está próximo. Talvez por volta do 120, vamos ver. Claro que no ritmo de publicação, isso significa uns 6 anos ainda. Também li os volumes 6 a 9 de Saga, todos lançados até então. Por tudo que falavam, eu esperava gostar mais. Eu acho que se assemelha mais a um romance planetário que a uma space opera. Mas tem um pouco de cada. Agora, não achem que estou dizendo que não gostei. É que pelos temas e a propaganda, eu estava esperando se tornar uma das HQs da minha vida e isso não aconteceu. Mas gostei demais ainda, estou super curioso pelo que virá. Os autores tinham feito um hiato mas já retomaram, então é bem capaz de termos o volume 10 em 2023.

Assisti a 23 episódios de séries em agosto:

  • Mais seis episódios da segunda temporada de Star Trek — Voyager: essa leva incluiu dois episódios excelentes, um mediano e os demais bons. Gosto cada dia mais dessa série. A minha favorita continua sendo The Next Generation, mas vamos acompanhando;
  • Os 10 episódios + um especial da primeira temporada de Sandman: maravilhosa adaptação dos dois primeiros arcos dos quadrinhos escritos pelo Neil Gaiman entre os anos 80 e 90. Eu li há quase 20 anos, não sou capaz de julgar tão bem a fidelidade ao material de origem, mas gostei bastante da série. Atores, personagens, trama, discussões… alguns trechos foram meio apressados, e o visual poderia ser menos genérico, né Netflix? Mas é muito boa de qualquer maneira;
  • Os dois episódios finais da quarta temporada de Westworld: essa temporada conseguiu dar nova vida à série depois da terceira ter sido tão criticada. Se tiver uma quinta para encerrar, ótimo. Mas se acabar aí também vai funcionar;
  • Os dois primeiros episódios da Mulher-Hulk: fui preparado para não gostar. Continuo achando o CGI muito ruim. Mas a série funciona demais. Esses dois episódios são divertidos, têm um ritmo incrível e uma condução de quem parece experiente com sitcoms. Claro, a Tatiana Maslany é sempre perfeita;
  • Os dois primeiros episódios de House of the Dragon: também cheguei nesse spin-off super desconfiado, acreditando que seria uma imitação barata. Mas fui conquistado por Rhaenyra Targaryen. Já estou ansioso para ver os próximos acontecimentos na tela.
Cartaz da série Sandman, com Morpheus ao centro, de preto e com um corvo em seu ombro, uma espécie de círculo místico em amarelo atrás dele, e vários outros personagens da série o rodeando, como o Coríntio, Joanna Constantine e Lúcifer.

Ouvi 109 episódios de podcast, somando 7.480 minutos, assim distribuídos: 2 Incêndio na Escrivaninha, 4 The Skeptics’ Guide to the Universe, 3 Viva Sci-Fi, 12 Flash Forward, 2 Hidden Brain, 1 Tortinha de Climão, 3 Cinemático, 2 Imaginary Worlds, 4 Foro de Teresina, 2 Estação 21, 1 Pavio Curto, 5 Naruhodo, 4 Pistolando, 3 Conversas Paralelas, 2 Cinematório Café, 2 All About Agatha, 2 Confins do Universo, 1 Bobagens Imperdíveis, 3 Xadrez Verbal, 1 Os 12 Trabalhos do Escritor, 3 Braincast, 1 Curta Ficção, 1 Lado B Notícias, 2 X-Ray Vision, 1 Eis a Questão, 1 Lado B do Rio, 1 Feito por Elas, 1 SciCast, 2 30:MIN, 1 Pindorama, 4 Intervalo de Confiança, 1 The Community Library, 2 Sábado sem Legenda, 4 Dickinson Forevermore, 5 Raízes, 5 Politiquês, 5 The Official Game of Thrones Podcast: House of the Dragon, 8 Projeto Querino, 1 Frequências Abertas e 1 Falando no Diabo. Meus destaques de agosto foram:

  • Flash Forward — POWER: Time After Time: uma discussão sobre as possibilidades acerca da viagem no tempo;
  • Confins do Universo 160 — Sandman: desvendando o Sonho: um belo debate sobre os arcos de Sandman nos quadrinhos, serviu muito bem para aquecer a mente para a série;
  • Bobagens Imperdíveis 3.6 — A confusão que desfez a Torre de Babel: Aline Valek fala da Torre de Babel como conceito bíblico;
  • Sábado sem Legenda 15 — Garota Exemplar (Gone Girl, 2014), de David Fincher (com Rosana Íris): excelente discussão acerca de um dos melhores longas do David Fincher;
  • Cinematório Café — “Marte Um”, com o diretor Gabriel Martins: Kel e Renato entrevistam o diretor de Marte Um;
  • Raízes 7 — Laços: a série sobre a família do host segue emocionante e inclusive me deixou com vontade de um dia contar a história da minha própria família;
  • Pavio Curto 76 — As grandes empresas estão acabando com a arte?: o pedido do Neil Gaiman para que todos os fãs maratonem Sandman o quanto antes, para a Netflix renovar a série, motiva uma discussão sobre o capitalismo e a produção cultural;
  • Projeto Querino 1 a 8: essa minissérie em formato de podcast é um retrato avassalador da escravidão e do racismo no Brasil. Um episódio melhor do que o outro, essencial.

E assim chegamos ao final do post. Au revoir, caros amigos.

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